Área do Paciente
Online Chat
Artigos

Síndrome do Pânico

26 de maio de 2014

Tudo acontece em uma fração de segundos: de repente, o coração dispara. Ficamos sem fôlego, somos tomados por uma palidez e um suor frio. A sensação é de desespero e uma certeza ocupa a mente: a morte é iminente. O quadro dura no máximo meia hora, mas é o suficiente para levar-nos ao serviço de emergência.

Esses são os sintomas de um ataque de pânico, que equivalem a uma descarga de adrenalina oriunda de uma situação de risco que exige capacidade cerebral para escolher entre lutar e fugir.

Quando o ataque de pânico acontece repetidas vezes e sem nenhuma causa aparente, estamos diante da chamada Síndrome do Pânico, doença psiquiátrica de origem ainda pouco compreendida, mas com tratamento garantido e com altos índices de cura.

Como surge a Síndrome do Pânico?

Acredita-se que essa doença se instala por uma desregulação da serotonina cerebral que, de alguma forma, agiria sobre o metabolismo da lactose, trazendo ao cérebro uma reação de alarme vinculada à interpretação errônea de que os níveis de gás carbônico aumentaram incrivelmente no sangue.

É como se, do nada, o cérebro interpretasse que a pessoa está sendo sufocada, e, então, trabalhasse para preservar sua vida. Em outras palavras, um ataque de pânico, nada mais é do que um alarme falso. O corpo todo se prepara para um risco que em verdade não existe. E o que é mais difícil para o doente compreender, todos aqueles sintomas na verdade estão em função de um erro de interpretação. O paciente, em verdade, não sofre risco nenhum.

Do ponto de vista psicodinâmico, a Síndrome do Pânico é entendida como uma crise de desespero secundaria a um choque de identidade. Subitamente a pessoa toma contato com algo dela que ela acredita não fazer parte do próprio “eu”. A crise seria consequência do mal-estar gerado por essa constatação.

O tratamento da Síndrome do Pânico engloba uso de medicação psiquiátrica, associado à psicoterapia. Assim, normalizamos os níveis de serotonina cerebral e pesquisamos o que pode ter entrado em choque na identidade do paciente. Bem feito, o tratamento conduz à cura total da doença.

Se você se identifica com alguns desses sintomas procure um médico. Hoje em dia não existe mais justificativas para continuar doente.

Perguntas mais frequentes sobre a Síndrome do Pânico 

Nem uma afirmação é correta, nem outra. Se você não tem nada, não teria passado por aquela situação que apenas você sabe o que foi. Logicamente, por maior que seja nossa capacidade de atuar, não seriamos capazes de enganar a nós mesmos com tanta intensidade. O fato é que, quando o colega que te atendeu no serviço de emergência disse que você não tinha nada, ele provavelmente se referia ao coração. Esse órgão realmente não está doente e você motivos para se preocupar com ele.

O problema, na verdade está no cérebro. Na capacidade desse órgão de entender e processar os impulsos cerebrais e substâncias químicas, chamadas de neurotransmissores, que estão envolvidas no perfeito funcionamento dele. Nesse caso, o especialista para seu problema é o psiquiatra e não o cardiologista.

As chances de sua vizinha estar errada são muito grandes. A grande maioria dos quadros de síndrome do pânico, quando tratada adequadamente, envolve cura total da doença. Assim sendo, depois de um determinado momento, será programada pelo médico, a retirada da medicação e o paciente terá alta do tratamento.

Chamamos de agorafobia a uma situação clínica em que o doente se sente muito intimidado por estar em locais abertos ou com muitas pessoas, onde o acesso a saídas seria muito difícil ou o acesso a socorro em caso de um eventual ataque de pânico sejam muito difíceis.

Em geral esses doentes ficam com muita dificuldade de sair de casa por medo de se deparar com uma dessas situações. Estima-se que a metade das síndromes do pânico sejam concomitantes a um quadro de agorafobia.

A acupuntura não tem sua eficácia reconhecida pela medicina para o tratamento de síndrome do pânico. Em se querendo fazê-la, não pode nem deve substituir o tratamento médico.