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O suporte psicológico e o câncer de mama

05 de outubro de 2018

Outubro chegou e, com ele, a Campanha de Prevenção ao Câncer de Mama. O foco do trabalho da Psicologia não é a mama, mas a singularidade/subjetividade de cada mulher.

A realização da mastectomia é, algumas vezes, fonte de extremo sofrimento. Contudo não podemos generalizar, pois o que é sofrimento para algumas mulheres vem como alívio para outras. Além disso temos questões referentes a dor do pós-cirúrgico e à necessidade de drenagem linfática.

As pessoas costumam pensar que a autoimagem é a primeira queixa das pacientes que passam pela mastectomia, entretanto nem todos os casos são assim. Por vezes a questão da imagem vem após a realização de todo tratamento em decorrência do câncer de mama.

Por isso, muitos pacientes preferem procurar ajuda psicológica ao finalizar o tratamento oncológico, assim conseguem vivenciar as tristezas e os momentos de medo, que antes davam lugar a sentimentos de força para que não se fragilizassem ou enfraquecessem. 

Não apenas o paciente, mas seus familiares também procuram ajuda, pois sentem-se impotentes com toda a situação. O mais importante é não darmos silêncio aos nossos sentimentos.

O psicólogo não escutará apenas as angústias, mas também cada vitória, alívio e momento de alegria. Nossas vivências são subjetivas, por isso é necessário escutar as questões trazidas por cada mulher, para que assim seja trabalhado novos sentidos.

Vanessa T. D. Raffo – Psicóloga da Clínica Vínculo
CRP:06/145632