A palavra Esquizofrenia carrega algo de assustadora para a população em geral. Carrega um peso por se referir a uma doença que compromete profundamente o funcionamento do indivíduo em todas suas relações pessoais. Trata-se de doença geralmente de curso crônico e que tende a evoluir com fases de crises e de melhoras parciais.
Durante as crises, ocorrem rupturas do fluxo lógico do pensamento, acentuação de crenças ou de certezas absurdas ou irreais (delírios), eclosão de audição de vozes que comentam, ofendem ou comandam (alucinações auditivas) e o paciente passa, evidentemente, a se comportar em função dessas vivências, absurdamente angustiantes.
A simples argumentação lógica contra as crenças do paciente que sofre de esquizofrenia, infelizmente, não resolve o quadro – raramente causa alívio temporário ou gera irritação. Em alguns casos, as falas do paciente se tornam muito difíceis de entender, tal a desorganização do pensamento presente.
Como os sintomas de alucinações são imprevisíveis, assim se torna também o comportamento do paciente. Com a evolução da doença, sintomas do tipo empobrecimento do pensamento, retraimento social, falta de iniciativa, falta de expressão emocional, vão se instalando gradualmente.