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Patologias

Transtorno de Hiperatividade e Déficit de Atenção (THDA)

De repente, se uma criança é travessa ou mal-educada fala-se que a coitada é “hiperativa”; quando vai mal na escola, é porque ela tem “déficit de atenção”. Como muitas vezes acontece na medicina, terminologias usadas em diagnósticos médicos caem no gosto popular e os termos ficam banalizados.

Quero dizer que, realmente, existe a doença denominada Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, muito conhecida pela sigla TDAH, e que tem seu pico de incidência realmente durante a infância/adolecência – mas que, sim, pode perdurar na vida adulta – entretanto, a coisa freqüentemente fica banalizada, sendo falada por muitos como algum tipo de bobagem, basicamente fruto da “medicalização” de características do temperamento do indivíduo, e outros, por outro lado, atribuem o rótulo TDAH com facilidade extrema, sem se ater aos rigorosos critérios diagnósticos necessários para tanto.

Trata-se de uma doença tratável e que, quando realmente presente, prejudica intensamente o desempenho social, de aprendizado e profissional até. Não raro, portadores verdadeiros de TDAH são rotulados como “burros” por não reterem informações complexas com facilidade, ou eles próprios se deprimem, constatando seu desempenho inferior a colegas nos mesmos tipos de atividade. A dificuldade para ler, estudar ou para atividades “paradas” tornam-se quase torturantes para essas pessoas.